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Após 10 anos, Ripsa é reativada em Brasília

A Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa) foi reativada em uma solenidade marcada por muita emoção. Após uma pausa de dez anos, membros de 43 renomadas instituições voltaram a se reunir, nos últimos dias 14, 15 e 16/08, na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), em Brasília (DF).

Durante o primeiro dia do evento, ocorreu um dos momentos mais marcantes: a homenagem a um dos membros fundadores mais queridos e respeitados da RIPSA: o Dr. João Baptista Risi Júnior, que recebeu um prêmio das mãos da Secretária de Informação e Saúde Digital (Seidigi), Ana Estela Haddad, e do Diretor do Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde (Demas/Seidigi), Paulo Sellera. “Me sinto emocionado e não esperava essa homenagem. Estou afastado das atividades da Ripsa há mais de 10 anos e vejo que o mérito dessa importante Rede não se resumiu à produção de material técnico legitimado por instituições com ascendência nacional. Seu principal legado foi ter mantido, por muitos anos, um ambiente de trabalho que propiciou a convergência de ações para o objetivo comum de aperfeiçoar a qualidade e a disponibilidade de dados e informações para a compreensão dos problemas de saúde no Brasil”, afirmou o Dr. Risi, que foi um dos idealizadores e pioneiros do projeto que resultou na criação da Ripsa, em 1996.

Em vídeo enviado diretamente dos EUA, o diretor da Organização Pan-Americana da Saúde, Jarbas Barbosa, parabenizou e enalteceu a importância da reativação da Rede. “Hoje, ao celebrarmos a reativação da Ripsa, marcamos um momento crucial que, sem dúvida alguma, ecoará por todo espectro da saúde pública no Brasil. Os frutos de nossos esforços coletivos atuarão como catalisadores, mecanismos que vão potencializar e fortalecer a gestão das informações de saúde”, elogiou.

Para o Dr. Jarbas, os esforços para a reativação da Rede são indispensáveis, uma vez que se tem trabalhado para gerar dados mais amplos e de melhor qualidade com a necessária desagregação para monitorar os progressos e desafios, bem como as desigualdades em saúde, em um esforço permanente para reforçar os processos de tomada de decisão que não deixem ninguém para trás.

Para a Secretária da Seidigi, Ana Estela Haddad, a volta da Ripsa, vai contribuir bastante para o trabalho da Secretaria de Informação e Saúde Digital. “Como tenho falado, a Seidigi é constituída por três departamentos, que estão trabalhando de forma integrada e realizando ações articuladas. Sendo assim, a produção de informações e indicadores está completamente no centro da agenda da nossa Secretaria e da nossa necessidade atual”, exaltou Ana Estela.

Nos dias 15 e 16 de agosto, ainda no auditório da Opas, os membros da Ripsa, oficialmente instituídos, iniciaram as atividades da 29ª Oficina de Trabalho Interagencial (OTI). Foi um momento de interação entre as instituições, em que, historicamente, são estimulados o aprendizado, a cooperação e o alinhamento de estratégias para melhorar a disponibilização de dados e indicadores sobre a saúde pública no Brasil. Também foi feita a apresentação da 1ª versão do novo site da Rede, capitaneado pelo Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme), para discussão e considerações dos membros.

“O desafio é trabalhar para que os indicadores e documentos técnicos produzidos pela Ripsa sejam recuperados e atualizados. São muitas instituições, todas com enorme expertise, discutindo de forma a construir consensos. Sabemos que o desafio é enorme, mas a disposição de todos é igualmente grande no sentido de recuperar o tempo perdido”, explicou o diretor do Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde (Demas/Seidigi), Paulo Sellera.

Na quarta-feira (16/08), foram constituídos sete Comitês de Gestão e Indicadores (CGI), com seus respectivos membros, e definidos os produtos a serem elaborados e entregues (curto e médio prazo). Ficaram definidos, como temas de atuação dos CGI, indicadores nas categorias: demográfica; socioeconômica; mortalidade; morbidade; fatores de risco; recursos de saúde; e cobertura em saúde. Nos próximos meses, os membros vão trabalhar nestas áreas temáticas.